quarta-feira, 9 de junho de 2010

Lei Seca veio para melhorar?


Os moradores do Jardim Universitário reclamavam do barulho feito pelos jovens na época do vestibular. Atendendo às reclamações dos moradores, a vereadora Marli Martins criou o projeto de lei seca que proíbe a comercialização de bebidas alcoólicas em torno das instituições de ensino superior (faculdades e universidade), num raio de 150 metros. Entretanto, a comunidade ainda não sentiu o efeito esperado. "A lei não valeu de nada, porque quem quer beber desce um quarteirão e bebe em outro bar", reclama Tamara Donatti, moradora daquela região.

Em entrevista, dia nove de março, a vereadora Marli Martins comentou a desaprovação de estudantes e comerciantes a respeito da nova lei municipal. Segundo ela, essa lei foi aprovada com a intenção de organizar os horários de funcionamento dos bares, trazendo mais segurança para os moradores e os próprios estudantes. O antigo dono do bar Pirata's, Fernando Pereira Bergaçani, acredita que a lei é “estúpida, inconstitucional”. Segundo ele, depois que a Lei Seca foi aprovada o trânsito piorou, pois os jovens que antes bebiam em meu estabelecimento, agora consomem bebidas nas ruas. "Todos os dias eu ia à Câmara, eles riam da minha cara. Por conta da Lei, tive que fechar meu estabelecimento”, afirma. “A lei só pega os mais fracos, os fortes estão por aí”, acrescenta Bergaçani.

Para a estudante Daniela Taras da Universidade Estadual de Maringá, o movimento em torno da Universidade acabou, depois das 23 horas o local se tornou perigoso e ela não pode mais andar sozinha. Segundo ela, uma das justificativas da lei era evitar que os acadêmicos faltassem às aulas para beber, mas a tendência é que eles façam isso com mais frequência do que antes. “Eles vão ter que se deslocar para longe da Universidade para comprar bebida, onde acabam ficando por lá mesmo e bebendo mais”, lamenta.


por: Helen Pauka