sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

NAMORO VIRTUAL





Os prós e contras de um relacionamento em redes sociais

Antigamente não existia o namoro e sim a “corte”, quando o rapaz cortejava a moça. A corte era feita em um horário estipulado pela família da moça, onde o rapaz teria um tempo para corteja-la. O namoro mais moderno, no qual os casais saem sem a companhia de uma terceira pessoa, surgiu por volta da década de 20, nos centros urbanos, a partir daí o namoro foi se tornando mais liberal até chegar aos dias atuais, quando foi substituído pelo “ficar”.
Também com a modernidade trouxe outra forma de se relacionar, que é o namoro virtual estamos acompanhando nesta ultima década o crescimento em relação aos sites de namoro via internet para um relacionamento virtual.
Antigamente, este tipo de namoro virtual era limitado, mas com o crescimento de site ele se tornou amplo para os internautas. Com o anonimato, algumas pessoas são mais honestas nas respostas e nas conversas. Passando de mensagens pelo site, salas de bate papo grátis, conversas no telefone, encontro pessoal e por fim namoro e quem sabe um casamento feliz, duradouro e saudável.
O que é o caso da estudante de administração, Larissa Furtado,23, casada há um ano e nove meses com Arthur Perina Furtado,24, eles se conheceram em uma famosa sala de bate papo, começaram a conversar e após um ano se comunicando pela internet, resolveram se conhecer, “ resolvi conhecer ele, após muito tempo teclando com ele, para que conseguisse adquirir confiança, pois eu morava com minha família no Paraná, e ele em uma pequena cidade do interior de São Paulo”.
Assim, ela acredita que a melhor maneira de conhecer um pouco melhor uma pessoa, é da maneira tradicional, tendo contato com seu parceiro e familiares. Apesar de ter entrado algumas vezes nas salas de bate papo, hoje Larissa acredita já não é mais possível encontrar alguém sério, mas ressalta que foi “sorte” ter encontrado alguém confiável , que se tornaria seu marido.
Já Vitor Hugo Coelho,17, estudante do ensino médio, diz que costuma freqüentar essas salas de papo, e que acha sim seguro, de confiança, porque ao longo da conversa você sabe quem é a pessoa, e portanto tem a opção de exclui-la ou não.
Porém de uns oito anos para cá, o bate- papo já não é mais um site tão seguro, para procurar um relacionamento serio, afinal nesses sites a pessoa que é tímida na vida real, na vida pode ser desembaraçada no mundo virtual, uma pessoa que declara naturalmente seus sentimentos no mundo virtual, no real pode ficar paralisada, e tem também alguns que se descrevem fisicamente de uma forma e quando vão ao encontro são diferentes daquilo que passam pelas telas do computador. E existem várias pessoas que entram nessas redes sociais para mentir; sobre seu perfil, passando-se por uma pessoa que não são. Este é o caso da estudante G.Z,24, que não quis se identificar, por ter sido vitima das recorrentes salas de bate papo “ nós conversamos por dois meses, e então resolvemos nos conhecer, mais quando conheci ele, vi que não era nada do que dizia ser pela internet, tive uma grande frustração”,diz.
Segundo a estudante, o rapaz ficou ainda um tempo atrás dela, a ponto de ter que bloquea-lo e excluí-lo de seu MSN.
Com isso os encontros pela internet muda totalmente a ordem de como se engata um namoro. No caso da paquera tradicional e aparência física, acaba sendo um desempatador nas conversas on-line se torna um mero detalhe.
Existem vários sites que podem ajudar a encontrar a alma gêmea. Basta procurar pelos perfis das pessoas inscritas se alguma corresponde ao tipo de pessoa que procura. No entanto, existem alguns perigos inerentes à exposição da sua informação pessoal, os hábitos que você tem, e muitas vezes até com endereço de sua residencia, facilitando assim até a pedofilia.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, pedofilia é definida como simultaneamente como doença, distúrbios psicológico e desvio sexual. Sendo que existe muitas pessoas que se aproveitam desse veículo de comunicação de massa que é nível global para enganar e persuadir quem esta do outro lado do monitor.
E é assim que a estudante do curso de Letras da Universidade Estadual de Maringá, Aline Prando, 24,enxerga a rede “. Eu acredito que internet é terra de ninguém, esses sites de relacionamentos, redes sociais que a maioria das pessoas possuem,ao mesmo tempo que acaba aproximando,você conhece varias pessoas virtualmente mas não tem nenhuma referencia, de quem seja essa pessoa realmente”. Ao final da entrevista ela cita o caso da menina Gabriele Haccourt de Carvalho de 13 anos. Ela ficou desaparecida uma semana na região metropolitana de Curitiba, pois mantinha contato com um jovem de 19 anos por essas redes de relacionamento, http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=1070468&tit=Garota-e-encontrada-na-casa-do-namorado-em-Mandiritub.

De acordo com a psicologa Carla Maranhos Sirigu, os relacionamentos mudaram muito, não tem tanto contato emocional, não é mais aquela coisa que era antigamente, onde você conversava,conhecia o parceiro direito e a família que é o primordial,ela afirma que cada vez mais as pessoas estão se distanciando, perdendo o habito de falar, de se relacionar socialmente. A cada dia se torna mais comum o habito de namoros via internet, e são poucos os casos que o final acaba bem, pois não se sabe se a pessoa do outro lado possui algum problema psicológico, algum distúrbio. Ela ainda ressalta que uma maneira de se prevenir de algum tipo de futuras frustração, é ficar atento e nunca passar informações pessoais para o usuário com quem estiver teclando.

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